CliHotel de Guimarães celebrou 100 anos da professora Teresa Alves
Por estes dias, há uma professora que é notícia, não por questões relacionadas com a Escola ou de classe profissional, mas porque assinalou, no mês de Maio, 100 anos de vida. A senhora dona Teresa Alves, que lecionou quase até aos 70 anos no ensino primário, reside há oito anos no CliHotel de Guimarães, onde encontrou o apoio necessário para as debilidades físicas que condicionam o seu dia-a-dia.
Como professora, iniciou a carreira em Barcelos, onde esteve dois anos. Passou pela Escola Masculina do Sindicato, em Famalicão, onde trabalhou 14 anos.
Após dois anos no Porto, fixou-se em Fermentões, Guimarães. Aí lecionou até se reformar. «Foi meu aluno?», é a pergunta que invariavelmente faz sempre que, ainda hoje, se lhe apresenta uma pessoa – o que revela a grande paixão pela profissão que exerceu.
Natural de Fafe, habituou-se na infância às mudanças constantes de residência, o eterno problema dos professores, que motiva greves regularmente. Com um pai sargento do Exército, Teresa Alves, a segunda de nove irmãos, cresceu e aprendeu com a mobilidade que era exigida à carreira militar.
Hoje, apenas uma das irmãs mais novas, e sua afilhada, ainda é viva. Mas Teresa Alves, que é viúva, conheceu sempre o caloroso ambiente de uma família numerosa. Tem três filhos, dois dos quais gémeos, cinco netos e sete bisnetos. As duas filhas Arminda e Maria Barbosa vivem no Porto. O filho, José Barbosa, gémeo de Maria, vive em Guimarães.
Teresa Alves reside no CliHotel de Guimarães há oito anos. Já conhecia a casa, porém, antes de aí se fixar. Para recuperar de uma rotura na rótula do joelho, já havia passado temporariamente pelos cuidados da Clínica de Reabilitação de Guimarães, parceira do CliHotel, e que funciona no mesmo complexo.
Mais tarde, após um problema no fémur, fixou residência no CliHotel de Guimarães, pela proximidade do apoio de que necessitava. A recuperação correu muito bem e a integração ainda melhor, pelo que essa passou a ser a sua casa, onde procura manter uma independência ajustada à sua condição física.
Adora ler e desenhar. Mas tem uma paixão pelo croché. «Gastou kms de fio…», comenta a filha Arminda Barbosa, que no dia 10 de maio juntou toda a família numa festa surpresa realizada no CliHotel de Guimarães. «No início, a minha mãe estava desconfiada, mas depois alegrou-se com as visitas de familiares e amigos», revela a filha, que também é professora, sobre uma festa singela, mas bonita e muito significativa, inclusive para os colaboradores do CliHotel de Guimarães.
«É uma alegria imensa poder celebrar a vida, sempre que um residente faz anos. Mas, claro, assinalar os 100 anos de um residente, que também está há muitos anos connosco, é motivador para todos os nossos colaboradores, que o sentem e vivem como um reconhecimento do seu trabalho diário», explica Virgínia Martins, directora-geral do CliHotel de Guimarães.